a chuva que cai de mansinho
ou as ondas que se espraiam
na costa, mas dorme comigo
uma certeza calma, e adivinho
que ninguém sente a chuva
e o mar como eu.
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poesia by Rita J. B. Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-Non-Commercial-No Derivative Works 2.5 Portugal License.
Based on a work at papoilasnachuva.blogspot.com.
"A thing of beauty is a joy for ever" Keats
Acerca de mim
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Até ao sabugo
Dirão outros, em verso, outras razões,
Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
Deste, cá, não mudou a natureza,
Suspensa entre duas negações.
Agora, inventar arte e maneira
De juntar o acaso e a certeza,
Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.
Assim como quem rói as unhas rentes.
Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
Deste, cá, não mudou a natureza,
Suspensa entre duas negações.
Agora, inventar arte e maneira
De juntar o acaso e a certeza,
Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.
Assim como quem rói as unhas rentes.
José Saramago, Os Poemas Possíveis
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1 comentário:
E, provavelmente, não, já que a sensação não se repete, por muito que o queiramos (e queremos, às vezes!)
Aparte disso gostei muito deste texto... fez-me bem lê-lo. Foi uma espécie de sono calmo, ou assim, que me levou uns minutos para longe. Obrigado.
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