domingo, 25 de abril de 2010

De mar e fogo

Procuras-me quando te procuro e
na madrugada crepuscular dos nossos
sentidos somos astro breve que
flameja, depois explode em rouco
grito. Sol que arde mas não se extingue.

Das ondas de amor que na nossa cama
sulcamos restam traços líquidos de
antecipação, vestígios de maré crescente
que te sobe no meu corpo e te mergulha
em meu ventre de profundas e densas águas.

Foste talhado por Pigmalião em
âmbar puro, amor.
Agarro-me a ti quando
no naufrágio do nosso corpo me
afundo e em voz baixa te peço
para desaguares em mim.

(27-Maio-2008)

1 comentário:

Mimi disse...

tens mesmo muito jeito para a escrita.
já pensaste em publicar um livro?
comprá-lo-ia assim que chegasse às prateleiras de uma livraria ;)
*