Apostei que tinha o maior
valor, e perdi.
Fiquei sem aposta, sem valor,
sem vontade de apostar —
preferia cem mil vezes
não ter apostado nada.
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poesia by Rita J. B. Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-Non-Commercial-No Derivative Works 2.5 Portugal License.
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"A thing of beauty is a joy for ever" Keats
Acerca de mim
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Até ao sabugo
Dirão outros, em verso, outras razões,
Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
Deste, cá, não mudou a natureza,
Suspensa entre duas negações.
Agora, inventar arte e maneira
De juntar o acaso e a certeza,
Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.
Assim como quem rói as unhas rentes.
Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
Deste, cá, não mudou a natureza,
Suspensa entre duas negações.
Agora, inventar arte e maneira
De juntar o acaso e a certeza,
Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.
Assim como quem rói as unhas rentes.
José Saramago, Os Poemas Possíveis
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1 comentário:
Acontece.
Não vale a pena deixar de aposta.
É apostando na vida que se ganha!
Abraço.
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