e tememos cada manhã não mais
despertar; ainda assim dormimos,
e sempre que abrimos os olhos agradecemos
a sorte de podermos morrer todas as noites
para ressuscitarmos dos sonhos
1-o7-2009
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poesia by Rita J. B. Pereira is licensed under a Creative Commons Attribution-Non-Commercial-No Derivative Works 2.5 Portugal License.
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"A thing of beauty is a joy for ever" Keats
Acerca de mim
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Até ao sabugo
Dirão outros, em verso, outras razões,
Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
Deste, cá, não mudou a natureza,
Suspensa entre duas negações.
Agora, inventar arte e maneira
De juntar o acaso e a certeza,
Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.
Assim como quem rói as unhas rentes.
Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
Deste, cá, não mudou a natureza,
Suspensa entre duas negações.
Agora, inventar arte e maneira
De juntar o acaso e a certeza,
Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.
Assim como quem rói as unhas rentes.
José Saramago, Os Poemas Possíveis
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1 comentário:
Às vezes dói ressuscitar dos sonhos. Gostei muito deste texto. :)
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