uma casa grande, com um longo
corredor onde dá vontade de correr.
Pelas janelas abertas entra
o luar arrepiado de gatos, e
do tecto vem o som de asas
que colidem. Há leitos pelo chão,
formando pequenos ninhos de ternura,
e corre uma melodia silenciosa
como água pelas paredes
- mas tu estás sempre presente.
Estás presente nos laranjas do fogo que
crepita, numa espécie de
murmúrio surdo e contínuo de beijos.
Neste amor, o teu sorriso
é a porta de entrada.
24-02-2008 Benedita
24-02-2008 Benedita
2 comentários:
Nem sei o que dizer. Acho que assisti a um pouco da gestação deste poema.
Um beijinho
Um amor instável e vivo como o fogo? :-)
Ou presente como paredes rumorosas de água. E o que elas guardam.
Um sorriso que é a porta – e que esteja aberta.
Acho o poema lindíssimo, e leva-me a rever-me na sua alegria, e no ambiente, e também a efabulações.
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